segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Capitalismo sentimental

Ah, o dia dos pais.
Que data mais emocionante e carregada de coisas boas.
Ei. Espere aí!!!
Está tudo errado. Não é bem assim que eu vejo essa data.
Sempre me obrigaram a tentar gostar dessas coisas de datas definidas e destinadas a algo, mas pra mim, essas não passam de datas comerciais.
Pow, você ama seu pai?
Então faça valer isso todo dia, e não apenas no dia que as lojas falam que você deve mostrar o amor que você tem a seu pai comprando um presente super maneiro que ela esteja vendendo.
Nunca tive a oportunidade de passar um “dia dos pais” com o meu pai, afinal, ele mora no exterior desde que eu sou pequeno, e nossas datas de encontro restringiram-se apenas a duas semanas a cada seis meses.
Pai é uma coisa que deve ser homenageado todos os dias.
Falando em pai, descobri que não se dá para fugir do Elo Consangüíneo.
Sempre tentei ser diferente do meu pai. Deixei o cabelo crescer uma época e só foi ouvir alguém comentar que estava ficando parecido com ele (ele têm cabelos longos) que eu cortei no ato.
Nunca quis aprender a tocar violão porque as pessoas comentavam que só porque ele tocava, eu deveria tentar aprender também. Isso me enchia.
Eu não queria ser ele, ou ser reconhecido por atos e dons pertencentes a ele, eu queria ter uma coisa minha, uma coisa nova. Eu queria ser apenas EU.
Mas com o passar dos tempos, nada disso me importava mais, porque eu comecei a observar e perceber que mesmo sem querer, eu estava adquirindo vícios e manias, não semelhantes as dele, mas idênticas.
Então resolvi chutar tudo pra ser um hippie-punk-rajneesh. Apenas no sentido figurado.
Hoje visto o que gosto, bebo o que gosto, ando como gosto (descalço), ouço o que gosto, sem me importar com as besteiras que em minha cabeça estavam de achar que ser diferente a meu pai era ser o que eu queria. Por coincidência, isso tudo parecer ser o que ele gosta também.
Quebrei a cara. De acordo com minha mãe, agora é que sou meu pai sem ter o que pôr nem tirar. Uma réplica. Nem adiantou fugir tanto tempo, a ligação genética tardou, mas não falhou. (RS)
Bom, mas mesmo assim, um feliz dia dos pais pra todos os pais. Já é dia 13, nem mais dia dos pais é, mas pra mim isso nunca importou.

Ouvindo: [Nando Reis – Sou dela]

4 comentários:

C.A disse...

não sabia que vc fugia tanto da semelhança do seu pai, rubens; mas, eu concordo com a sua mãe, vc esta CADA VEZ MAIS parecido com ele.


AOIUEOIAUOIEUOIAUIOE

:*

Kaka disse...

kkkkkk

Muito engraçado! rsrsrs Mas, acho que disse toda a verdade!

Eu nunca me achei parecido em nada com meu pai, porém esses dias minha mãe disse que eu, ao acordar, faço a cara que ele fazia! kk

Pois é, estava meio sumido mesmo! Depois explico, ok?
Beijo!

FOXX disse...

concordo
e pior q meu aniversario
sempre cai perto
ai eu sou ofuscado
odeio!
kkkk

Uillow disse...

Pois é... eu nem dei nada pro meu pai... só um abraço (coisa que fiz 2 vezes na minha vida e olhe lá!). Mas parece que ele ficou feliz.
Abraço!